Categoria mantém protestos contra gestor municipal, que continua sem receber representantes do Sindicato
Após uma série de protestos nos últimos dias, os servidores municipais de Teresópolis, na Região Serrana do Rio, ameaçam entrar em greve nos primeiros dias de janeiro de 2025. Revoltados devido ao não pagamento do 13º salário, que deveria ter sido quitado no último dia 20, eles têm assembleia marcada para o próximo dia 6, quando deverão aprovar um indicativo de greve. Com isso, eles poderão, a qualquer momento, decidirem pela paralisação.
Na manifestação de quinta-feira (26), os servidores ocuparam a Avenida Feliciano Sodré e o hall do Palácio Teresa Cristina, sede da prefeitura. Eles cobravam um posicionamento do prefeito Vinicius Claussen (PL). O maior temor dos servidores é que a Prefeitura não pague também o salário de dezembro, o último da gestão Claussen, que será substituído no início de janeiro pelo prefeito eleito e já diplomado Leonardo Vasconcelos (União).
Com a proximidade do final do mandado e a Prefeitura em dificuldades financeiras, Vinicius Claussen tem evitado falar com a imprensa. O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais, Alexandre Vieira, desabafou na última manifestação contra o que considera “uma falta de respeito com a categoria” que tem mantido a prefeitura funcionando, mesmo sem receber a devida atenção do Executivo.
“Foi um Natal muito triste pra nós. A todo momento tentamos contato com o prefeito e não conseguimos. Viemos conversar com o secretário de Governo Vinicius Oberg e também não conseguimos. Por fim, ele mandou mensagem dizendo que estavam pagando os comissionados e que iria sair o dinheiro dos servidores. Mas em seguida ligou dizendo que não poderia pagar, porque a concessionária Águas da Imperatriz não havia feito o repasse à Prefeitura”, lamentou o sindicalista.
A crise financeira na Prefeitura de Teresópolis tem se agravado ao final da administração Vinicius Claussen. Dias atrás, a administração municipal divulgou balanço mostrando um volume de mais de R$ 253 milhões em precatórios e sequestros judiciais acumulados por décadas e não quitados por gestões passadas. Um indicativo de que a administração Leonardo Vasconcelos terá um início com grandes dificuldades.
Foto Net Diário